A Equipa do Centro Novas Oportunidades da Escola
Secundária 3EB Dr. Jorge Augusto Correia – Tavira Agradece publicamente a todos
os que contribuíram para a organização e realização do VIII Encontro de Centros
Novas Oportunidades do Algarve, “A
Missão dos CNO’s e a Aprendizagem ao Longo da Vida”, assim como a todos
os convidados e participantes.
Atreva-se a aprender
30/06/2012
VIII Encontro de Centros Novas Oportunidades do
Algarve
Teve lugar na Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Dr. Jorge
Augusto Correia – Tavira, no dia 14 de junho de 2012, o VIII Encontro de
Centros Novas Oportunidades do Algarve, subordinado ao tema “A Missão dos
Centros Novas Oportunidades e a Aprendizagem ao Longo da Vida”.
Na sequência da sessão de abertura, que contou com a presença do Diretor daquela Escola e, simultaneamente, Diretor do Centro Novas Oportunidades (CNO) do mesmo estabelecimento de ensino e da Chefe da Divisão de Qualificação para Jovens e Adultos em representação da Direcção Regional de Educação do Algarve, foi apresentado o 1.º painel “Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) na Era da Globalização: do que necessitamos? pelo Mestre João Martins, professor assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, que mostrou a visão sociológica do problema associada à “Era da Incerteza” em que vivemos, sem deixar de efetuar uma retrospetiva sobre a educação e formação de adultos em Portugal e uma breve análise à Iniciativa Novas Oportunidades:
Considerando a globalização como um fenómeno polissémico, complexo e multidimensional a incerteza torna-se uma certeza. Apesar da existência de diferentes definições para a ALV a necessidade de seres pensantes, e não seres acomodados e conformistas, é urgente. Neste contexto foi citado Boaventura Sousa Santos, destacado sociólogo português, “Temos formado conformistas incompetentes e precisamos de rebeldes competentes”. Tem-se assistido a fortes descontinuidades nas políticas públicas de educação e formação de adultos e a dificuldades na sua implementação, atendendo à distância verificada entre as políticas decretadas e as concretizadas, correndo-se o sério risco de não se atingir resultados a médio/longo prazo pela ausência da devida continuidade nas políticas de educação e formação de adultos. “Os sistemas de educação/ formação sofrem hoje de uma enorme ambivalência e paradoxo. “Mais e melhor educação é fundamental para a melhoria dos destinos sociais dos indivíduos mas, por si só, ela não garante que isso aconteça.”
O 2.º painel “As aprendizagens experienciais: que futuro, que alternativas?" foi defendido pela Dr.ª Dulce Prates, docente do ensino básico e secundário e avaliadora externa dos Centros Novas Oportunidades que enalteceu a função por ela desempenhada nos últimos anos e valorizou, na sua generalidade, os adultos que têm desenvolvido processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) e os admiráveis portefólios reflexivos de aprendizagem que lhe têm passado pelas mãos, reflexo de experiências de vida ricas, de aquisição de muitos saberes e competências e, principalmente, de uma certa presunção em exibi-las junto de quem percebe o porquê do afastamento escolar na altura devida.
Na parte da tarde do evento surgiram as respostas às questões levantadas no período da manhã, intitulando-se o 1.º painel “O impacto das aprendizagens ao longo da vida nas organizações” pela Dr.ª Otília Almeida, representante da Confederação dos Empresários do Algarve (CEAL). A valorização do conhecimento e das pessoas é o caminho para o sucesso das organizações, esse é o fator crítico de sucesso. É fundamental aprender ao longo da vida. A perspetiva da aprendizagem para a vida foi anulada. Torna-se essencial a formação para a realização dos seres humanos e, como tal, deve ser uma preocupação de todos.
De seguida assistiu-se à apresentação de vários testemunhos que constituem trajetórias de vida depois do RVCC, contadas na primeira pessoa por adultas orgulhosas pelas vitórias obtidas, as suas qualificações, e pela elevação da respetiva autoestima, recomendando percursos semelhantes a quem se encontra com défices de formação e /ou sem emprego.
A coordenadora do CNO acolhedor, Dr.ª Fernanda Cruz, finalizou o encontro, enfatizando a importância da missão dos CNO, mostrando a grande preocupação pelo futuro da educação e formação de adultos e, particularmente, dos CNO, opinião partilhada pelos restantes elementos participantes face à impotência para responder a milhares de adultos que legitimamente procuram uma qualificação que lhes garanta a continuidade ou a entrada no mercado de trabalho, cada vez mais concorrido e, simultaneamente, escasso.
A mascote dos CNO do Algarve “O Cnoíto” fez questão de estar presente no Centro para celebrar o seu 1.º aniversário e foi entregue a uma nova ama: o CNO da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão, o próximo CNO a promover o encontro anual de 2013.
Na sequência da sessão de abertura, que contou com a presença do Diretor daquela Escola e, simultaneamente, Diretor do Centro Novas Oportunidades (CNO) do mesmo estabelecimento de ensino e da Chefe da Divisão de Qualificação para Jovens e Adultos em representação da Direcção Regional de Educação do Algarve, foi apresentado o 1.º painel “Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) na Era da Globalização: do que necessitamos? pelo Mestre João Martins, professor assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, que mostrou a visão sociológica do problema associada à “Era da Incerteza” em que vivemos, sem deixar de efetuar uma retrospetiva sobre a educação e formação de adultos em Portugal e uma breve análise à Iniciativa Novas Oportunidades:
Considerando a globalização como um fenómeno polissémico, complexo e multidimensional a incerteza torna-se uma certeza. Apesar da existência de diferentes definições para a ALV a necessidade de seres pensantes, e não seres acomodados e conformistas, é urgente. Neste contexto foi citado Boaventura Sousa Santos, destacado sociólogo português, “Temos formado conformistas incompetentes e precisamos de rebeldes competentes”. Tem-se assistido a fortes descontinuidades nas políticas públicas de educação e formação de adultos e a dificuldades na sua implementação, atendendo à distância verificada entre as políticas decretadas e as concretizadas, correndo-se o sério risco de não se atingir resultados a médio/longo prazo pela ausência da devida continuidade nas políticas de educação e formação de adultos. “Os sistemas de educação/ formação sofrem hoje de uma enorme ambivalência e paradoxo. “Mais e melhor educação é fundamental para a melhoria dos destinos sociais dos indivíduos mas, por si só, ela não garante que isso aconteça.”
O 2.º painel “As aprendizagens experienciais: que futuro, que alternativas?" foi defendido pela Dr.ª Dulce Prates, docente do ensino básico e secundário e avaliadora externa dos Centros Novas Oportunidades que enalteceu a função por ela desempenhada nos últimos anos e valorizou, na sua generalidade, os adultos que têm desenvolvido processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) e os admiráveis portefólios reflexivos de aprendizagem que lhe têm passado pelas mãos, reflexo de experiências de vida ricas, de aquisição de muitos saberes e competências e, principalmente, de uma certa presunção em exibi-las junto de quem percebe o porquê do afastamento escolar na altura devida.
Na parte da tarde do evento surgiram as respostas às questões levantadas no período da manhã, intitulando-se o 1.º painel “O impacto das aprendizagens ao longo da vida nas organizações” pela Dr.ª Otília Almeida, representante da Confederação dos Empresários do Algarve (CEAL). A valorização do conhecimento e das pessoas é o caminho para o sucesso das organizações, esse é o fator crítico de sucesso. É fundamental aprender ao longo da vida. A perspetiva da aprendizagem para a vida foi anulada. Torna-se essencial a formação para a realização dos seres humanos e, como tal, deve ser uma preocupação de todos.
De seguida assistiu-se à apresentação de vários testemunhos que constituem trajetórias de vida depois do RVCC, contadas na primeira pessoa por adultas orgulhosas pelas vitórias obtidas, as suas qualificações, e pela elevação da respetiva autoestima, recomendando percursos semelhantes a quem se encontra com défices de formação e /ou sem emprego.
A coordenadora do CNO acolhedor, Dr.ª Fernanda Cruz, finalizou o encontro, enfatizando a importância da missão dos CNO, mostrando a grande preocupação pelo futuro da educação e formação de adultos e, particularmente, dos CNO, opinião partilhada pelos restantes elementos participantes face à impotência para responder a milhares de adultos que legitimamente procuram uma qualificação que lhes garanta a continuidade ou a entrada no mercado de trabalho, cada vez mais concorrido e, simultaneamente, escasso.
A mascote dos CNO do Algarve “O Cnoíto” fez questão de estar presente no Centro para celebrar o seu 1.º aniversário e foi entregue a uma nova ama: o CNO da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes – Olhão, o próximo CNO a promover o encontro anual de 2013.
“A Missão dos CNOs e a
Aprendizagem ao Longo da Vida”
CONCLUSÕES
«Tornar
o nível geral de competências dos cidadãos mais elevado significa aumentar as
suas oportunidades profissionais e contribuir para a luta contra a pobreza e a
exclusão social. Com este propósito, através de uma comunicação que analisa o
tema da educação e formação de adultos, a Comissão incentiva os Estados-Membros
a multiplicarem e consolidaram as oportunidades de aprendizagem para os
adultos, tornando-as, além disso, acessíveis a todos os cidadãos.»
http://europa.eu/legislation_summaries/education_training_youth/lifelong_learning/c11097_pt.htm
Os Centros Novas Oportunidades foram criados para dar
resposta ao desafio da qualificação de adultos, maiores de 18 anos, com baixo
nível de escolaridade. Esta nova oportunidade de formação/qualificação, a nível
dos ensinos básico e/ou secundário, vai ao encontro das necessidades de cada
um, seja valorizando e certificando as competências adquiridas pelos
adultos nos mais variados contextos, seja encaminhando-os para diferentes tipos
de formação e/ou conclusão do ensino secundário (decreto lei nº 357/2007).
Atendendo
à situação crítica que o país atravessa e tendo bem presente a percentagem de
Portugueses que não concluíram nem o ensino secundário nem tão pouco o ensino
básico, damo-nos conta de que se torna imperioso dotar estes adultos de
ferramentas e meios necessários para que possam (re)encontrar um emprego
(mínimo exigido: 9º ano) e/ou
estabelecerem-se por iniciativa própria.
Todos
os indicadores também apontam os níveis baixíssimos de formação/qualificação
para a população algarvia o que é facilmente comprovado pelo número de adultos inscritos
nos nossos CNO e que se encontram em processo de reconhecimento, certificação e
validação de competências e/ou são encaminhados para esse processo ou para
outras ofertas formativas.
Na
nossa Rede de Centros Novas Oportunidades encontram-se, nas diversas fases do
processo, mais de 5000 adultos e, adicionalmente, cerca de 2000 encaminhados
para outras ofertas formativas.
Diariamente, somos confrontados com adultos que manifestam a
sua preocupação pelo encerramento dos Centros, porque necessitam de mais
formação e/ou de obter um certificado de qualificação para se poderem
candidatar a qualquer tipo de emprego já que, por norma, o que se exige oscila
entre o 9º e o 12º ano, seja a nível nacional, seja internacional.
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS: QUE
FUTURO?
A Rede de Centros Novas Oportunidades do
Algarve, no seu VIII Encontro Regional, anual, que decorreu em Tavira no dia
14.06.2012, colocou as seguintes questões:
- Como pretende a tutela dar resposta
aos adultos que acorrem diariamente aos Centros?
- “Revisão do Processo RVCC”: Quando e
em que moldes?
- Qual será, de facto, o papel dos
Centros e a sua operacionalização?
- Que formação para adultos:
Cursos EFA Escolar?
Dupla Certificação?
Formação Modular?
Ensino Recorrente?
Relativamente às organizações e aos recursos humanos afetos aos Centros, com
anos de experiência e grande investimento na formação e com
competências consolidadas na área de educação e formação de adultos qual será o seu futuro próximo em
matéria de educação e formação de adultos?."
- Como conciliar atempadamente a
organização / distribuição de serviço nas escolas públicas, tendo em vista a
reestruturação que está ser feita e que é de todos desconhecida?
Em Julho já será demasiado tarde para
tomar estas decisões.
Os
Centros mostram-se, pois, extremamente apreensivos e preocupados pela demora na
apresentação das decisões sobre o futuro, pelo que se solicita uma resposta
urgente por parte da tutela.
REDE DE CENTROS NOVAS OPORTUNIDADES DO
ALGARVE
CNO - Escola Secundária 3EB Dr. Jorge
Augusto Correia – Tavira
CNO
- Escola Secundária de Albufeira·- Albufeira
CNO
- Escola Secundária de Loulé - Loulé
CNO
- Escola Secundária Dr. Francisco F. Lopes – Olhão
CNO
- Escola Secundária Júlio Dantas – Lagos
CNO
- Escola Secundária Poeta António Aleixo – Portimão
CNO
- IN LOCO – São Brás de Alportel
CNO
- Vicentina - Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste – Bensafrim
CNO
-ASMAL – Loulé
CNO
- Escola Secundária de Silves - Silves
16/06/2012
Participaram no VIII Encontro de Centros Novas Oportunidades
do Algarve, os 10 Centros que atualmente se encontram em funcionamento, a
Direção Regional de Educação do Algarve, parceiros, adultos certificados e
convidados que apresentaram comunicações no âmbito do tema do encontro, “A
Missão dos CNO’s e a Aprendizagem ao longo da Vida”.
Os participantes no VIII Encontro de Centros Novas
Oportunidades do Algarve, manifestaram a sua preocupação pela demora na apresentação
das decisões/orientações sobre o futuro da Educação e Formação de Adultos, pela
tutela.
09/06/2012
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